Sobre a Charge: nossa opinião.
Analiso a charge para expor um ponto que considero muito importante: nada há que garanta eficácia da cloroquina e da hidroxocloroquina no combate ao coronavirus. O que é apresentado até agora é insuficiente e ainda muito raso. Dito isto, o que fazem EUA e Brasil com esta droga é mera politicagem.
A charge representa bem a questão de excesso na produção destes fármacos, com gastos exorbitantes pelo governo federal, e expõe o tipo de relação que o governo Bolsonaro tem com a gestão Trumpista. A saber, nós sempre saímos perdendo nesta relação.
E aproveito para tratar do questionamento que comumente ouço, sobre se estas drogas devem ser aplicadoas clinicamente no sistema hospitalar para tratar da covid-19. Creio que o uso de qualquer medicamento deve seguir o receituário médico. Este profissional tem, por saber adquirido, a responsabilidade da aplicação medicamentosa no organismo de seu paciente.
Agora, notem, para a prescrição destas drogas em destaque, além da indicação médica, o paciente deve autorizar seu uso e também tomar a responsabilidade caso ela não faça efeito ou crie reações adversas, incluindo circunstâncias graves.
A grosso modo, o que se discute é a aplicação de duas drogas experimentais. E veja, nenhum profissional da área médica quando no trato de seu paciente, tem a coragem de, sozinho, arriscar sua carreira na prescrição dos mesmos. E só para constar, acho que dar ao paciente a tarefa grave de decidir sobre seu futuro, na incerteza e maneira muito superficial, e eximindo quem deveria dar a cara ao tapa (seu médico), é no mínimo, uma inversão trágica de valores.
Alexandre Fon