Adiado, pela 2ª vez, depoimento de militares que fuzilaram músico e catador de recicláveis no Rio.
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A Justiça Militar adiou pela segunda vez o
depoimento de 12 militares envolvidos na morte de Evaldo Rosa dos Santos e Luciano Macedo;
músico e catador de recicláveis foram mortos por militares do exército no dia 7
de abril deste ano, em Guadalupe, zona norte do Rio.
A audiência estava marcada para quinta, 10 de
outubro. No entanto, a juíza federal Mariana Aquino Campos depois, atendendo ao
pedido feito pela defesa dos militares, adiou os depoimentos, e até então, não
se definiu nova data.
Ainda não há uma nova data para que os militares sejam ouvidos.
Paulo Henrique Melo, advogado dos militares usou do
fato de um dos juízes do processo ter se aposentado, não sendo até agora formalmente
substituído.
Do fato: de acordo com Ministério Público Militar,
os militares teriam disparado 257 vezes, e destes 83 atingiram o veículo em que
Evaldo e a família estavam. Evaldo morreu no local. E ao ajudar no socorro às
vítimas, Luciano, também foi atingido pelos disparos, morrendo posteriormente no
hospital.
Nota do Comando Militar do Leste, na ocasião: o
Comando Militar do Leste, na época, divulgou nota dizendo que o ocorrido era reação
a um assalto, e sugeria que ocupantes do carro haviam agredido os militares.
Mas logo o Exército recuou, pois verificou-se que esta versão não procedia.
A desculpa: houve confusão dos militares quanto ao
carro do músico, acreditando que o veículo era de criminosos que, perto dali, haviam
praticado assalto.
Quem foi preso? Ítalo da Silva Nunes Romualdo, tenente;
Fábio Henrique Souza Braz da Silva, sargento; Gabriel Christian Honorato,
Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa
Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e Vítor
Borges de Oliveira, soldados. Todos do 1º Batalhão de Infantaria Motorizado, na
Vila Militar, na zona oeste do Rio.