Saúde Pública: Virus Mayaro identificado em região urbana do RJ. Aedes aegypti pode ser um vetor.
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Transmitido por diferentes mosquitos, o vírus Mayaro
promove febre e dores nas articulações, que podem ser tão persistentes e durar
meses. Na região Amazônica este vírus já
é considerado endêmico. O maior receio agora é que ele já tenha se espalhado
para outras áreas do país. Há indícios de contaminação no Rio de Janeiro e
Minas Gerais. Até agora não existe nenhuma vacina que previna a infecção do
vírus Mayaro. Não há vacina que previna contra a chamada febre do Mayaro. O que
dá pra ser feito é evitar a infecção pelos mosquitos e, caso a infecção
aconteça, controlar os seus sintomas.
Principais
sintomas da contaminação pelo vírus Mayaro:
·
Febre, de moderada a intensa;
·
Dores musculares, em variadas regiões do corpo;
·
Articulações inchadas e doloridas (pode durar
meses);
·
Manchas vermelhas pelo corpo
·
Enjoos (náuseas).
Infelizmente, também existem casos relatados de implicações
mais graves, envolvendo transtornos neurológicos, hemorragias e morte, devido a
infecção do vírus Mayaro. Contudo, estas situações são raríssimas. O normal é
que os sintomas da infecção pelo vírus desapareçam com o passar de dias,
semanas ou meses.
Se pararmos para analisar, sua transmissão é bem parecida com
o da febre amarela: um mosquito com o vírus Mayaro pica e infecta uma pessoa, ou um primata.
E justo esses hospedeiros que disseminam a doença, pois se um outro mosquito picá-los,
estes recebem o vírus, e o ciclo recomeça.
Sabe-se que hoje no Brasil, o vírus Mayaro se concentra nas
regiões de mata ou bem próximas a elas. no Brasil. Seu principal vetor seria
Haemagogus, o mesmo que transmite a febre amarela. Esse mosquito, geralmente,
se restringe a lugares com muitas árvores. Mas, estudos novos indicam que o Aedes
aegypti (o pernilongo) tem potencialidade para também, transmitir o vírus
Mayaro.
Agora sabemos porque de toda a cautela ao pesquisar esse
tipo de vírus. Se realmente, o Aedes aegypti tiver essa capacidade de assumir e
disseminar o vírus Mayaro, o número de possíveis infectados aumentará e numa
escala gigantesca E segundo a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro),
que pesquisa sobre o Mayaro, afirma que seu agente infeccioso já está alocado no Estado do Rio de Janeiro.
Seria uma adaptação do do mosquito Haemagogus. Contudo, até então, o Ministério da Saúde
não confirmou nenhum caso de febre do
Mayaro em centros urbanos. Acontece que três pessoas foram contaminadas com o vírus Mayaro no Rio de Janeiro deixando
em alerta especialistas em saúde pública do país todo.
O primeiro país a ser identificado com casos do vírus
Mayaro foi Trinidad e Tobago. O que se sabe é que este vírus é tipo “um primo”
de outro vírus, o Chikungunya, tanto que provoca semelhante infecção e sintomas: febres, dores intensas e incapacitantes no corpo.
Os casos identificados do vírus Mayaro no Rio de Janeiro (pacientes moradores de Niterói que não
estiveram em áreas selvagens, segundo pesquisa), trouxe a hipótese de que o Mayaro
já esteja sendo transmitido pelo Aedes
aegypti, contabilizando este mosquito como vetor de uma quarta doença
viral. Hoje, o Aedes transmite a dengue, a
Entretanto, não existe evidenciação científica do contágio
de pessoa para pessoa pelo Aedes aegypti. Pesquisas não sabem a carga viral de
uma pessoa é ou não suficiente para fazer do Aedes o vetor do Mayaro.
E como já foi dito anteriormente, não existe tratamento típico
para a febre do vírus Mayaro. Os pacientes infectados só podem contar com o repouso
e com certos analgésicos e drogas anti-inflamatórias, num jeito de amenizar os
sintomas. Assim, só nos resta atenção e o asseio do ambiente em que vivemos.
Alexandre Fonseca