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Será que a boquinha continua? Magistrados se dizem injustiçados, será?

Postado em 01 de fevereiro de 2018

Em agosto, artistas e judiciário unidos a favor de Bretas. Será que continuam a apoiar o juiz mesmo em algo imoral?
Imagem: reprodução da internet.


Nesta semana discorremos aqui sobre as injustas benesses que juízes e membros do Ministério Público recebem. Apenas o auxílio-moradia, em um ano, custa aos cofres públicos R$ 1,6 bilhão. Agora pense quanto custa outros auxílios, ou melhor, vantagens salariais como auxílio-livro, auxílio pós-graduação, vale-lanche, aposentadoria integral, férias de 60 dias.

Acontece que, como defesa, os representantes destas duas categorias (as associações de juízes, por exemplo) estão dizendo que há uma conspiração para prejudicar o judiciário, que é para eles, o setor que mais (senão o único, na opinião deles é claro) combate a corrupção no país.

O que se vê, em verdade, é um corporativismo ativo, que tenta passar panos quentes em seus injustos privilégios, propagando falácias à população, e criando uma “aura de heróis” no combate à corrupção. Estão mesmo defendo seus próprios interesses, afinal porque será que eles não querem a reforma igualitária da previdência? Pense só em perder a aposentadoria integral e os sessenta dias de férias, e entenderá.

Hoje

Nesta quinta, primeiro dia de fevereiro de 2018, procuradores da República, juízes e promotores se reúnem em frente ao STF, tribunal que também volta hoje ao trabalho, numa manifestação, às claras, contra a reforma da Previdência e, e o que não é surpresa alguma, contra o fim do auxílio-moradia.

Nesta ação, pretendem entregar um documento que afirme estas pautas à sua “ministra aliada”, e presidente do Supremo, Carmem Lúcia. Ao menos com esta patuscada, resta evidente, que estes “heróis da moralidade”, os juízes, o MP e certos setores do judiciário, buscam primeiro a manutenção seus próprios privilégios.

Vítimas?

Neste ato, dirão também os doutores, ora vejam, que são vítimas dos “verdadeiros algozes do Brasil”, os políticos. Até dia desses os ditos “movimentos de rua” também apregoavam esta mesma ladainha. Hoje estes movimentos são na verdade “buscadores de votos” e pretendem é eleger os “seus”.

Contudo, quais são as evidências de que há perseguição pelos políticos aos membros do judiciário? Vamos elencar? Seria o projeto que pune o abuso de autoridade? Afinal, juiz não pode ser condenado caso abuse de sua autoridade. Ou será a reforma da Previdência? Seria um abuso os “pobres de toga” perderem sua aposentadoria integral, não é mesmo? E tem também o fim do auxílio-moradia. Como sustentar uma casa recebendo tão pouco pelo ofício que praticam, pobrezinhos.

Este ato faz parte do esforço de setores do judiciário para destroçar a classe política, e pôr eles mesmos como o “poder dos poderes”

Fato

O triste desta história toda é que, aqueles que detêm o poder da mudança, são os primeiros a impedir que tais mudanças ocorram.

Alexandre Fonseca M. e Silva
Colunista Amigo Direito / CG Alerta





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