Pedro Cardoso e seu protesto tolo e Taís Araújo e o racismo hipócrita
Postado em 24 de novembro de 2017
Sobre Pedro Cardoso e seu protesto tolo.
Acredito que, excluindo-se programas de fofocas ou
sensacionalistas, ninguém mais deve convidar o ator Pedro Cardoso. Este que
pensa ter feito um protesto, apenas agiu como um idiota, no sentido de ignorar
a realidade a sua volta. Sua atitude foi imprópria e desrespeitosa para com os
outros convidados e para o público, que assistiu uma atitude improvisada de uma
revolta tola, provocada por uma opinião superficial sobre assuntos que o mesmo
não conhece nem vivencia – greve de servidores públicos, atos do governo, e a
opinião vitimista de Taís Araújo.
Ter opiniões a respeito da política todos podem, mas os tolos podem também ouvir o que não querem. E no caso deste ator, nem precisaria ouvir
nada se aplicasse em casos assim um pouco de inteligência, pois seu campo de ação passa longe de assuntos como estes. Ou seja, tudo o que fez de nada vale ou possui qualquer semelhança com sua profissão. Aliás, Pedro Cardoso nem no
Brasil mora mais, está aqui apenas para, ainda, resgatar de sua fama um pouco
de dinheiro.
De que adiantou o cidadão (esse tal Pedro) se levantar do sofá se, nas condições de
sua pessoa, não é capaz de resolver qualquer problema que tenha incitado a greve dos
servidores da TVE, a forma de gerir do governo, e a fala de sua 'colega de trabalho' Taís Araújo. No fim foi tudo pra chamar a sua e a minha atenção, e para eu ter
motivo para escrever este comentário (rs).
Agora, sobre a palestra de Taís Araújo e o racismo hipócrita.
A atriz Taís Araújo desenhou um cenário de preconceito extremado em terras brasileiras. Disse, mesmo tendo seus filhos pais abastados e bem sucedidos, que eles por serem negros sofrem e sofrerão, por toda parte, injúrias por conta da cor de suas peles. E que seu filho, do jeito que as coisas andam nunca terá a liberdade de andar pelas ruas, descalço e sujo, pois corre o risco de ser confundido com um infrator, mesmo estando hoje com a idade de seis anos. E quando se tornar adolescente então?
Pelo que Taís Araújo vislumbra, seu filho quando for adolescente será incapaz de ir tranquilo para a escola, com seu boné, mochila, e seu capuz (capuz?). Ela ainda, com toda sua vidência quanto ao futuro, praticamente garante que o garoto sofrerá tão logo uma investida violenta da polícia. Polícia? Claro, segundo ela seu filho muito provavelmente será confundido com um bandido. Nossa, que país é esse mesmo em que Taís vive?
Taís, pela vivência sofrida (só pode ser isso), observa que a cor da pele da pessoa, no exemplo a negritude de seu filho, faz com que pessoas (de outra cor, óbvio) mudem de calçada. Quanta intolerância, não é mesmo? Ouvi-la, e vê-la pregar todo esse vitimismo chega a causar certa pena. Mas pena mesmo tenho é de sua filha Maria Antônia, coitada, porque nasceu mulher, e mulheres, segundo a atriz, são criadas para agradar. Agradar a quem jovem pensante? Ah, ela disse também que as mulheres são desqualificadas o tempo inteiro. Nossa, alguém sabe que país é esse que Taís vive?
Não posso esquecer que ela, nesta palestra do TED Talks, "atualizou" com dados gerais e sem referência, a violência no Brasil. Eita Brasil complicado e violento este que ela cita. Também demonstrou pelo vitimismo inerente, que existe um abismo gigantesco (daqueles enormes mesmo) entre as mulheres brancas e as negras, sendo que as brancas tem motivos para comemorar, pois o "feminicídio de mulheres" (palavras dela) diminuiu bastante, já das mulheres negras...
Pois é, em resumo é neste país desalmado, com injustiça existindo como água, de gente racista e sectária em que ela vive. Será, de verdade, que ela passa por tudo isso que ela menciona na palestra? Mesmo sendo rica, famosa, protagonista de novelas e séries, casada com um ator do naipe de Lázaro Ramos? Eu tenho é dó dos filhos dela, por viverem num país como esse, no país em que Taís vive.
Alexandre Fonseca
Escritor e Editor CG Alerta